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quarta-feira, 18 de março de 2009

Vivendo e desaprendendo

Os punks são sempre generalizados como arruaceiros nômades. Terroristas culturais. E o pior de tudo é que essa visão equivocada do movimento tem se consagrado como uma verdade absoluta. Ao ponto que ninguém entende mais nada e o quê importa mesmo é o auê.
Isso remete àquele dito de repetir uma mentira vezes o bastante até que ela se torne verdade.
Mas nem sempre foi assim, na verdade nunca foi assim. Mas ninguém sabe nada, só entendemos o que nos for convencional, padrão.
Eu fui um falso punk durante toda minha adolescência, um impostor, eu nunca entendi de verdade o movimento. Tudo que eu tinha era uma visão utópica daquilo tudo, e gostava do que via.
Agora que isso tudo é passado e eu já estou seguramente distante do fogo para vê-lo queimar, eu acho que finalmente entendo e quer saber? Eu não dou a mínima.
Falo do punk porque é algo que eu sei, que de certa maneira eu vive também. Mas poderia ser qualquer outro movimento, eu acho que as pessoas se envolvem e se entrelaçam a certas ideologias sem terem a menor idéia do que estão fazendo. Depois é tarde, fodam-se.
Eu sou um velho safado que não morre mais. Tudo que eu sei é mentira.
É preciso se livrar de dogmas para nunca se levar a sério.


Puxa, estava relendo esse texto e, se for verdade tudo que eu escrevi, acho que estou mais punk do que nunca hein. Mas a mini-música abaixo é de tempos mais pueris mesmo. Tão inconseqüente que nem nome tem.

Todo dia, toda noite
eu caiu em armadilha pra rato
A toda hora, a cada instante
eu já não sei mais o que faço
Talvez seja tarde demais pra rezar
Mas mesmo que eu rezasse
Talvez
Deus não quisesse ajudar

1 Comentários:

Snuck Binks disse...

Bom dia! Saiu o novo FARRAZINE, com a página e jabá lá! Rolaria a divulgação? No blog tem todos os links!