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terça-feira, 31 de março de 2009

Multi-materialismo

Eu tenho visto de tudo e sobre tudo um pouco. Se meu cérebro fosse ao menos um milhão de vezes mais potente que meu computador, eu até dispensaria o poderoso Google e realizaria buscas automáticas nesse super almanaque vivo. Infelizmente assim não é, e aja contentamento com o que há.
O perspicaz Sherlock Holmes possui (verbo no presente visto que personagens, ao contrário de nosotros, independem de qualquer linha temporal) uma teoria interessante sobre os limites do conhecimento humano. Para ele o nosso cérebro funciona feito um armário – eu deveria mudar o exemplo para HD não? – que possui sim restrições de espaço. Portanto cada pessoa, embora livre para preencher esse armário da maneira que lhe convier, deveria se comprometer apenas com o que lhe é de suma importância, vital. Assim, a especialização de cada pessoa em uma determinada área moldaria a sociedade perfeita. Ele mesmo, como detetive, nenhum interesse possuía por, por exemplo, literatura inglesa no século XVIII, pois isso resultaria apenas em espaço inutilmente ocupado. Essa teoria obviamente não possui verdade cientifica, aliás, muito pelo contrário, costuma-se entender que quanto maior – independente do conteúdo – for o uso do nosso cérebro melhor será o seu desempenho. Mas é interessante observar a semelhança desta com a teoria socialista do Homem especialista – que agora está completamente ultrapassada vista a enorme globalização que nos uniu em interesses e seccionou em matéria. Mas funcionou perfeitamente como modelo de ordem e progresso no recém acinzentado mundo industrializado.
Seria Sherlock Holmes um progressista?

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