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sábado, 18 de outubro de 2008

Coisa nenhuma sobre nossas cabeças

Se o universo for tão infinito quanto queremos que seja – e nós queremos que ele seja infinito, certo? Infinitamente vazio para todos os lados e nós aqui, isolados, um oásis universal – então assim será. Sabe por quê? Por que a vida é um eterno faz de conta. E sabe? Nunca saberemos com certeza o que é real. Nunca saberemos o quanto sabemos ou quanto devemos saber. Até que ponto nossa imaginação distorce a realidade? É como se o único sentido da vida fosse infinitamente procurar um sentido pra ela. Fazendo perguntas, temendo respostas.

Imagine um cientista qualquer, que por um motivo qualquer resolveu dedicar um quinto de sua vidinha uniforme na difícil tarefa de descobrir se Deus existe. Então esse cientista consegue, em um momento de acidental brilhantismo, provar por A mais B que Deus não existe, nunca existiu, jamais existirá. Então o que ele ganha com isso?
Porra nenhuma! Por que ninguém acredita. Sabe: "quem é esse cara pra vim nos dizer que Deus não existe? Eu sou cristão, toda minha arvore genealógica é cristã (exceto um primo evangélico do norte que inclusive morreu entregue na perdição) e eu não vou aceitar que nenhum anticristo de merda venha ensinar nossas crianças que Deus não existe.”

Sabe quando alguém diz que viu um E.T, um Óvni ou seja lá como isso se chama e você logo pensa que o cara só pode ser maluco ou então realmente fumou algo de outro mundo? É a mesma coisa. Aliás, eu nunca entendi isso. Deus pode. alienígena não. Mas quem se importa se a terra gira ou não em torno do sol? E mesmo que alguém se importe, ninguém nunca saberá ao certo. Tem coisas que é melhor não saber, né? Toda nossa sociedade é fundamentada em uma ideologia não fundamentada, e eu acho que seria melhor que continuasse assim, caso contrario seria o caos. Se não existi regras não existi jogo.

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