Quebrando a Banca

Uma grata surpresa esse filme. Eu o loquei sem muita expectativa, tinha uma historinha interessante, dois atores conhecidamente talentosos e mais um grupinho bacana de jovens atores. Tudo pra dar certo, né? Pois é, mas quem costuma ir à locadora alugar filmes bem sabe que toda hora ta chegando filme ruim com arte de capa atrativa, repleta de elogios de algum ilustre desconhecido, e um punhado de atores famosos. Portanto, salvo algum filme universalmente prestigiado (vide O cavaleiro das trevas) criar qualquer expectativa é bobagem.
Quem diria que uma cidade isolada do resto do mundo por um deserto escaldante seria capaz de atrair diariamente milhares de turistas? Talvez, daquela América de cem anos atrás, destino de aventureiros em busca de fortuna, em um tempo livre de guardas de fronteira, Las Vegas seja o último vestígio dessa época. Iludimos-nos com o piscar neon da Meca dos jogos de azar, assim como os citados aventureiros iludiam-se com a promessa de dinheiro fácil. E embora saibamos que de um jeito ou de outro a mesa sempre vence isso em nada diminui o prazer da ilusão. Assim, dificilmente algo (livro ou filme) sobre um lugar tão carismático passe despercebido, a atração é irresistível.
Quando um jovem gênio da matemática (sempre eles) se vê prestes a ser aprovado em Harvard, faltando-lhe apenas a exorbitante quantia de 300 mil dólares para isso, ele recebe uma proposta tentadora, usar sua inteligência nas mesas de Black Jack de Las Vegas, no primeiro momento ele recusa, mas depois obviamente acaba aceitando contanto que pararia quando conseguisse os 300 mil de Harvard.
Um elenco competente se esforçando para fugir do óbvio de seus personagens, uma direção moderninha de cortes rápidos reforçada pelo colorido de Vegas, uma trama ágil com algumas surpresinhas no final, basicamente é isso. Um bom filme.