A situação se complica quando a cidade aborrecida prevendo um improvável contágio se retira em orações e canções do Belchior. O governo decreta isolamento até as próximas eleições. Salmos e Salmões em mesas fartas de alegria e medo, o desespero sôfrego de delírio e cólera.
Cidadãos cansados do ébrio brio da cidade parca se camuflam em passos falsos e automóveis bêbados ao passo que nada é constatado senão um espelho quebrado e um anúncio de “concerta-se toca-discos” em contraste com minha solidão.
Uma anarquia de fatos e fados se contempla em fotografias coloridas desbotadas de atenção e envelopes alheios, aleatoriamente deixados em minha porta. Os velhos ensaiam sorrisos falsos em salões vazios e velhas lembranças se debruçam nas janelas e se destroçam em outdoors. Nenhuma célula entrega mais do que uma resposta vazia quando me pergunto ao fim de cada dia se realmente haverá vida antes da morte?
2 Comentários:
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Feito
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