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sábado, 5 de abril de 2008

Vitor Ramil


Luis Fernando Veríssimo escreveu que seria desnecessário um concurso de melhores letras de música brasileira já que os primeiros cinco lugares naturalmente seriam do Chico Buarque. Talvez...
Bom, pra ser justo a concorrência é forte e entre Chico’s, Caetano’s, Milton’s e Raul’s eu apostaria num cara que não tem nem metade do público desses cantores, porém possui o talento de todos eles.
Seu nome é Vitor Ramil, ovelha negra da família nasceu em meio ao frio de “Satolep” (Pelotas, RS. de trás pra frente) – informação meramente poética já que eu não sei onde ele nasceu mesmo. Cantou à vida sem estrondo, no seu primeiro disco já se podia notar talento em músicas como “Estrela Estrela”, aliás, um álbum meio Clube da Esquina na minha opinião. O talento cresceu e criou asas, se experimentou um pouco no disco “A paixão de V segundo ele mesmo” e acertou na mosca no disco “Tango”, as músicas “Joquim” e “Loucos de cara” são desse disco que não passou despercebido - ao menos aqui no sul - e não fica devendo nada para discos clássicos brasileiros.
Mas o cara experimentalista que passeia com louvor por MPB, rock, folk e etc. Vislumbrou algo simples e genial, uma idéia que usava chapéu, bombachas e all star. O resultado foi o disco “Ramilonga - A Estética do Frio” um divisor de águas, muito elogiado e com razão (e a razão é tudo que eles têm). A partir daí seus próximos álbuns foram uma espécie de união e evolução do “Tango” com “A estética...”.
Meu preferido dessa última fase é o disco “Tambong”.



1 Comentários:

filos disse...

Diria apenas que Vitor Ramil é um músico de verdade, em meio a tanta paródia no cenário musical brasileiro.

Vi um show dele no Theatro São Pedro, acompanhado da orquestra de Câmara, em 2004 (se não me engano)...
...simplemente fantástico!