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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Energúmeno freudiano

Agora eu quero ver quem é que não te leva a sério
Com um terno preto italiano fazendo mistério
Agora eu quero ver pra crer, eu quero acreditar
Modelo pronto e acabado feito pra durar
Eu quero conhecer de perto, quero ter certeza
Quero que um químico analise sua pureza

Agora eu quero ser o outro lado do cenário
Ser você e ser também o seu contrário
Quero que o tempo pare com uma manivela
Antes que o vento quebre, arrase, estripe as janelas
Agora que eles fazem e desfazem essas guerras
Contra as pessoas pelos becos acendendo velas

Agora eu quero ver quem é que anda me mentindo
Viajando no infinito multicolorido
Agora eu quero ver quem é que atiça o leão
Ou que faz como Pilatos e lava as mãos
Agora eu quero me perder em enormes labirintos
Deslizando sob um céu de chuva e granito

Até que o meu tempo acabe
Até que a hora chegue
Porque se eu não morrer de enfarte
Quero morrer de dengue

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