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terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Subversão

À depressão do sistema, mecanismo em queda com o qual andamos lado a lado e que só faz nos empurrar para o buraco.
Nesses tempos de canibalismos em que nos acomodamos e deixamos que os cegos decidam o caminho. De beco em beco o mundo se transformou em uma charrete que perdeu o condutor. Vivendo tamanho caos social, liberdade vigiada, não me espanta a selvageria a que chegamos. Falar sobre uma sociedade justa, humanitária e em paz com sigo mesmo é sonho utópico, otimista e sem noção da realidade do mundo.
A violência já não é o agressor, mas sim o refugio, uma parede de concreto entre o mundo e o quintal, como a criança que corre à saia da mãe diante de uma careta medonha, nos refugiamos na violência para nos proteger dos perigos da noite e dos anseios da alma, ai está, explicada a existência de uma linha tênue, controversa, confusa mesmo. Como abolir tal sentimento humano? Uma sociedade imperialista que só olha para o próprio nariz, curva-se diante a nação Coca-cola, abaixa à cabeça aos mandos e desmandos da burguesia, repreende ferozmente qualquer insatisfação ou revolta do povo (e o que seria da sociedade sem o povo?), pede perdão a cristo e dorme tranqüila, têm muito, mais muito mesmo o que mudar, só ai talvez o sonho utópico se realize, e a violência, agora refugio, se transforme apenas em um mero defeito humano, são tantos.

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