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domingo, 19 de dezembro de 2010

A televisão é o ópio do povo

Era uma vez um ator realista brasileiro que por pouco ufanismo se converteu estrangeiro, mas como a vida é difícil pra quem é despatriado ele faz qualquer coisa para estar empregado, atua na telona, no teatro e na telinha, mas seria conhecido pela sua ousadia, acreditava convicto em encarnar o personagem mesmo absorvendo nisso vícios de personalidade.
No começo dava certo e todo mundo aplaudia quando no besteirol ele peidava e bebia, mas foi mesmo com outros gêneros que ficou conhecido, por exemplo, no terror quando interpreta assassinos, quanta gente ele matou é numero indefinido, nesse tempo slash-movies faziam bem mais sentido, declarou no tribunal que foi em nome da arte, na época o estrelato atingia o seu auge.
Hollywood adorou, era diferencial, além disso daria credibilidade comercial, mas a sua carreira não foi bem lá um sucesso, em pouco mais que alguns meses acumulam se os processos, de repente ele sumiu, mas será que enlouqueceu, foi visto andando no deserto, diz que falava com deus, um escândalo vazou, o seu último projeto, a biografia de Cristo, um clássico, um épico, apesar da polêmica que isso tudo gerou, a verdade é que ele nunca ressuscitou.
No pós morte, ator cult, cultuado nas rodinhas de intelectuais falantes, undergrounds de franginha, entre seus papéis icônicos personagens de baixo calão, bêbados, drogados e animais de estimação, sem falar no presidente que ele também interpreta, aquele pego no flagra escabelando a boneca.

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