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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Is it just a waste of time?

Estava escutando Pink Floyd, a música Mother sempre me emociona, faz pensar em ciclos, logo, em como nada mudou, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais, mas isso já é outra música, contando a mesma história. O destino humano parece estar mesmo ligado ao tempo, o que fazemos dele e o que ele faz de nós, mas eu também já errei antes. Pensar que a vida tem dado voltas e voltas sem sair do lugar não é tão absurdo quanto parece, no íntimo você sabe-se tão igual ao que era antes. A lei do esforço mínimo move o mundo, um esforço mínimo e voltamos todos à Idade da Pedra. Isso é tudo que temos, um frágil castelo de cartas. Tão humano quanto o mais romântico robô graças ao escapismo que nos salva da realidade. Se o futuro nem chegar o que lhe importa? Todas as janelas estão vazias, já cansamos mesmo de esperar em vão. E os mansos herdaram o remorso.
Gabriel García Márquez, ao dar a os personagens recém nascidos, no clássico Cem Anos de Solidão, o nome e a respectiva personalidade do seu progenitor, criou no leitor o falso sentido de eterna continuidade. Inteligente estratégia do roteiro que, pensando agora, nesse contexto, sugere a visão, ao longo do tempo, de um autor onipresente que fabuliza a realidade de gerações invariavelmente iguais.
Isso é só uma perda de tempo?

1 Comentários:

Três Pontos disse...

"Isso é só uma perda de tempo? "
Viver é procrastinar essa resposta.
Gostei do texto.