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quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Os Quereres

Capital não é apenas matéria ou mercado. Quem dera fosse um fato, constante e imutável. Um fado social. Mas Capital é tempo, espaço e status, é gente com pressa por todos os lados. Sacos plásticos. Enlatados goela abaixo. Olhos que não vêem, corpo que não sente. Capital é conhecimento cientifico abstrato. Mas, mais que tudo, é falta de significado.
O Capital não tem fronteiras. Tudo vira mercadoria, numero ou estatística. Mesmo quando se compra se vende. E nada mais surpreende, aliás, a surpresa já era mesmo esperada. Força premeditada. Nada se sabe, tudo se acha. Com Capital compra-se ideologias, compra-se móveis nas Casas Bahia. Ordem na desordem. Alegria, alegria.
É o querer que move o mercado, o consumo que gera mais consumo. No sistema o último elo da cadeia trópica é a demanda. Não seja outro tijolo no muro, produto substituível passivo. As engrenagens demonstram desgaste, mas ninguém demonstra pena. Ah, bruta flor do querer.

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