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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

No Surprises

Em tempos de politicamente correto eu aprendi a usar da cautela antes de usufruir qualquer licença poética.


Eu sou mesmo um peão ingênuo rindo das agruras da vida.
Admito que tenho flertado longamente, ainda que inconsciente, a insegurança e ignorância dos tempos modernos, todavia qualquer hora é mesmo jovem e precoce. E todo feriado uma lacuna intransponível no espaço.
Mas o que me preocupa é minha total descrença, meu desconcerto e desatino frente ao novo que já nasce velho, tudo que poderia ter sido e não foi. Ao menos eu, que já estou racionando idéias, fico perplexo diante esse esperdício. Essa abstinência de surpresas, de sentidos.
Eu realmente acredito que o mal da alma é o ócio do oficio. Mas também me é fatídico pensar que tudo já foi dito, que toda civilização é cativa de si mesma, que a vida é um circuito fechado repleto de casualidades. Quando toda religião é falha, acreditar em deus também é a arte de ludibriar a si mesmo. O iluminismo, quando clamou a razão, acaso clamava também um novo deus chamado ciência?
Então é isto? Cresse o fim da evolução ao tempo que novas gerações são paridas sobre teclados USB. Ok, está tudo mudando mesmo, mas não há nada de novo abaixo do sol.

1 Comentários:

Quadrideko disse...

Olá Parceiro

Deixei um selo pra você lá no Quadrideko. Passa lá , copia o selo, leia as regras e repasse para outros blogs. Não interrompa a brincadeira.

Um abraço