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sábado, 13 de dezembro de 2008

Cinema Fast-food

Hancock

Hancock tem duas horas de duração, se tivesse apenas uma seria um dos melhores filmes do ano. O que explica isso é o fato do filme ser praticamente segmentado:
Na primeira hora, o filme constrói perfeitamente uma paródia sobre grandes poderes e grandes responsabilidades. São cenas hilárias de um super beberão encrenqueiro gerando mais prejuízos do que vantagens e um relações públicas tentando salvar o mundo.
Mas a segunda hora de filme, infelizmente, põem tudo a perder. Muda totalmente o enfoque da história que fica idiota e sem-graça. Apresentam-se explicações bobas e desnecessárias e pra completar ainda recorre a fórmulas tapa-buracos.
Pra que um Hancock 2 se os realizadores do filme não dão conta de um só?
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Batman – O Cavaleiro das Trevas

O “realístico” Batman de Christopher Nolan vive a expurgar as antigas versões do cavaleiro das trevas e faz isso com tanta destreza que acaba tornando-se mais sério do que o desejado ou ao menos o esperado.
Esqueça a onda hype que cercou o filme e o que sobra? Sim, um filme magnífico, mas um filme magnífico de ação e nada mais. Eu acho que ao optarem por um enfoque mais realístico sobre o personagem perdeu-se muito o tom pulp das histórias. Em contrapartida nunca o personagem havia sido tão decifrado na telinha.
Os quadrinhos “O Cavaleiro das Trevas” e “Piada Mortal” se fazem presentes em cada diálogo do filme. O confronto de métodos entre o Coringa e o Batman ganha ares filosóficos.
Ah, o coringa do baralho. Heath Ledger numa atuação soberba, carregada, são poucos os minutos em que o psicopata atua, mas suficientes pra encher os olhos de qualquer cinéfilo. Seu coringa é um maldito sádico que não conta piadas, repleto de cacoetes e pantomimas, finalmente um vilão a altura do velho Hannibal.
Mas um coringa tão violento, iniciado na arte do ilusionismo (que faz caneta desaparecer, ui!) merecia uma classificação mais adulta. É ridículo um filme as voltas com o mundo do crime de Gotham City, entre mafiosos e psicopatas e nenhuma gota de sangue derramada.
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O Procurado

Essa é uma história bem maluca, mas principalmente bem legal.
Um cara frustrado com a vida que leva descobre-se filho de um grão-assassino morto. A diferença é que esse assassino trabalha para uma sociedade secreta que trata de dar cabo de futuros criminosos antes que o crime realmente aconteça. Uma coisa nos moldes de Minority Reporter. Então esse cara é chamado a fazer parte dessa sociedade, sendo treinado pela agente Fox (Angelina Jolie – muito magra).
Um filme de muita ação, talvez toda história não seja mais do que uma bela desculpa pra tanta ação. Na verdade, o filme é um caldeirão, além de minority repórter a trama lembrou-me também coisas como Matrix e outra porção de filmes que abusam de estilo e bullet time. Mas isso não é defeito e torna tudo muito divertido de assistir.
Eu não li o quadrinho do Mark Millar, portanto não posso falar sobre as qualidades e defeitos da adaptação. Mas conhecendo o escritor creio que a HQ deve possuir um pouco mais de conteúdo do que o filme, que preferiu trabalhar mais a proposta da história com enfoque na ação. Por exemplo, balas em curva além de um mero efeito especial é um desafio a física, a lógica e ao conhecimento empírico humano.
Um elenco de astros competentes dá carisma ao filme que é uma excelente opção de entretenimento descompromissado.
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